SÃO FRANCISCO - Milhões de usuários do sistema operacional Windows XP - que até então não se mostravam tão fãs quanto os usuários de Mac OS (Apple) e Linux - estão usando a internet para protestar contra a retirada do sistema das prateleiras, prevista para junho deste ano. Em um dos movimentos, incentivado pela publicação internacional InfoWorld, fãs de XP coletaram online mais de 140.000 assinaturas contrárias à retirada do sistema das prateleiras.
A Microsoft vai oferecer suporte técnico aos usuários de XP até abril de 2009 e, a partir daí, prestará um nível mínimo de assistência. A empresa espera estimular a adoção do sistema sucessor e mais novo, Windows Vista, versão lançada há mais de um ano e que, segundo analistas, não convence usuários em massa.
Carlos Prado, um dos líderes do movimento da InfoWorld, afirma que "se (a Microsoft) o obriga a adotar o Windows Vista, me tornarei usuário do Linux", ameaça apoiada por diversos participantes. "Que Deus nos ajude e nos salve do Vista", afirmou outro usuário que participa do movimento. Um internauta, identificado apenas como Fritz opinou que "o Vista é uma vergonha para a engenharia americana". Além do movimento apoiado pela revista, dezenas de blogs e vídeos reúnem usuários contrários à retirada do sistema operacional Windows XP.
Segundo estimativas da consultoria IDC, 60% dos computadores residenciais em uso e 70% dos utilizados em empresas ainda operam baseados em Windows XP. Quando o objeto de estudo passa a ser computadores novos, o percentual sobe: 94% dos novos micros residenciais trazem Windows Vista pré-instalado, contra 75% dos novos computadores em empresas.
A Microsoft, que trabalha em uma nova versão de seu sistema operacional - chamado por enquanto de Windows 7 -, já havia adiado a retirada do Windows XP do mercado , e adiantou que não pretende repetir a estratégia.
"Não há planos de aumentar este prazo de vendas do Windows XP além do previsto, dia 30 de junho de 2008", afirmou Michael Dix, diretor-geral de gestão de produtos para clientes Microsoft, na página oficial da companhia.
Ainda segundo o comunicado, a fabricante teria tomado esta decisão após negociações com sócios e como parte da estratégia de fortalecimento do Windows Vista.
"Desde seu lançamento, há cerca de 16 meses, o Windows Vista se transformou no sistema operacional da Microsoft vendido mais rapidamente", acrescentou no comunicado, referindo-se às 100 milhões de licenças liberadas em todo o mundo.
O Globo
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