segunda-feira, 21 de abril de 2008

Deputado consulta Anac e Anatel sobre uso de celular no espaço aéreo brasileiro

Agnes Dantas, O Globo Online*

RIO - A liberação do uso de telefone celular a bordo de aviões no espaço aéreo da União Européia, abrangendo os 27 países que integram o bloco europeu, ganhou simpatizantes no Brasil. O deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) encaminhou ofício para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pedindo esclarecimentos sobre a possibilidade de o Brasil adotar a mesma medida. Na opinião do parlamentar, a inovação seria bem-vinda no espaço aéreo brasileiro, "desde que as tarifas cobradas pelas operadoras para chamadas em vôo não sejam abusivas e que os usuários não perturbem os outros passageiros com o serviço".

- É óbvio que avanços tecnológicos para o bem-estar das pessoas são sempre bem-vindos. Mas o uso do celular em pleno vôo pressupõe pelo menos dois fatores. O primeiro é a segurança. É compatível? O segundo ponto é saber qual seria a tarifa praticada. É claro que não pode ser abusiva. Essas são perguntas que cabem à Anac e Anatel responderem.

Outra preocupação destacada pelo deputado se refere à privacidade dos passageiros a bordo. Segundo Otávio Leite, é preciso que as tecnologias possam prever limites e as equipes de bordo orientem os clientes quanto ao uso de cada serviço.

- Muitas pessoas falando ao mesmo tempo (ao celular) não poderia interferir na tranqüilidade dos outros passageiros? - questionou o deputado.

O parlamentar reconhece que o Brasil deve acompanhar as tendências tecnológicas, ao mesmo tempo em que é preciso garantir a eficiência de cada sistema, mas reconhece que o acesso à internet pode ser um serviço mais imediatamente demandado por passageiros brasileiros do que a telefonia celular a bordo:

- Vamos ficar de olho na União Européia, que ainda está na fase de experiência e adaptação. De qualquer forma, acho que, em um primeiro passo, disponibilizar um ponto de internet para os passageiros seria ótimo.

*com colaboração de Cristina Massari, O Globo Online

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