JIM WOLF - REUTERS
COLORADO SPRINGS, ESTADOS UNIDOS - Os Estados Unidos estão prontos para começar a operar na semana que vem um poderoso satélite militar de comunicações sobre o Pacífico, o primeiro de uma rede de seis satélites que permitirá fluxo de dados 10 vezes maior, anunciou na sexta-feira o comando da força aérea norte-americana;
O Satélite de Banda Larga Mundial (WGS, na sigla em inglês), construído pela Boeing, terá sozinho capacidade de transmissão de dados, vídeo e voz superior à de todo o grupo de 10 satélites que ele substituirá, segundo a força aérea.
"Esperamos começar a transferir as comunicações das redes de operação da constelação existente para o novo satélite já na semana que vem", disse o coronel James Wolf, da força aérea dos EUA, diretor da divisão de comunicação via satélite.
A Austrália aderiu ao programa WGS no ano passado, contribuindo com fundos que serviram para elevar o número de satélites a seis, o que constava como opção do contrato concedido à Boeing em janeiro de 2001.
Wolf declarou em entrevista à Reuters que o comandante do Comando do Pacífico norte-americano, almirante Timothy Keating, havia solicitado "tirar vantagem da capacidade ampliada o mais rápido possível".
O coronel acrescentou que a demanda pelo satélite, que ficará em órbita geostacionária sobre o oeste do Pacífico, não se devia a qualquer evento específico.
O Satélite de Banda Larga Mundial é um programa conjunto da força aérea e do exército dos EUA, e seu objetivo é prover serviços de comunicações essenciais às forças militares norte-americanas e às de seus aliados e parceiros de coalizão.
A contribuição australiana ao projeto dará ao país o uso de 10 por cento da banda do WGS, já a partir do primeiro satélite, explicou Wolf. Não há detalhes disponíveis sobre o montante que a Austrália investirá.
Lançado em outubro, o primeiro satélite deve passar por ainda três meses de testes e avaliações, mesmo depois de começar suas operações "no mundo real", uma dupla missão incomum, destacou Wolf.
O custo total do programa WGS foi estimado em 1,8 bilhões de dólares, informou em setembro passado Joseph Tedino, porta-voz da Boeing.
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