quinta-feira, 24 de abril de 2008

CONHECENDO AS MEMÓRIAS DDR2

As tecnologias em informática estão sempre evoluindo e se adaptando as necessidades dos usuários que se tornam cada vez mais exigentes, vamos conhecer nesse texto a nova tecnologia de memórias DDR2.

DDR2 SDRAM é o acrônimo para Double-Data-Rate (2) synchronous dynamic random access memory.

Vamos usar uma tabela comparativa para ilustrar bem as diferenças entre as memórias DDR que temos hoje em dia e as DDR2 que estão chegando ao mercado. Mais à frente, darei maiores detalhes.

Característica DDR DDR2
Taxa de transferência de dados 266, 333, 400MHz 400, 533, 667, 800MHz
Formato do chip(encapsulamento) TSOP BGA
Voltagem 2,5V 1,8V
Densidade (tamanho) 64MB-1GB 256MB-4GB
Latência CAS (CL) 2, 2.5, 3 3, 4, 5
Latência Adicional (AL) Não 0, 1, 2, 3, 4, 5 pulsos de clock
Prefetch 2 bits 4 bits
Latência de leitura Igual a CAS CL + AL
Latência de escrita Fixa Latência de leitura menos 1 pulso de clock
Rajada de dados (em bits) 2, 4, 8 4, 8

No que se refere a taxa de transferência de dados, podemos ver um claro aumento na largura de banda. Vamos aos cálculos:

400Mhz x 8Bits = 3200Mbps
800Mhz x 8Bits = 6400Mbps

Temos então um “vencedor” no quesito largura de banda, some o fato da mudança no formato do chip (encapsulamento) de TSOP (Thin Small Outline Package, que vocês conhecem como aquele chip preto de formato retangular) para o formato BGA (Ball Grid Array, que é identificado pelo seu formato quadrado e pequeno em relação ao TSOP), que permite maior controle na integridade do sinal e calibração dos mesmos.

TSOP BGA

Podemos ainda somar o fato de suportar maiores “tamanhos” na capacidade da memória.

Então, tendo isso em vista podemos dizer que as memórias DDR2 são uma incrível melhoria tecnológica? Isso irá depender do tipo de aplicação em que serão utilizadas.

Notem que não só as características desejadas aumentaram, mas também as indesejáveis, que são os tempos de acesso, leitura e escrita (latências).

Com isso, temos por um lado uma enorme melhoria para as aplicações que são famintas por largura de banda, porém as altas latências inerentes a construção das DDR2 irão penalizar em muito as aplicações que fazem acessos aleatórios à memória (que são 99% das aplicações do dia-a-dia e jogos). Porém a evolução das especificações das DDR2 estão diminuindo esses problemas, e o fator largura de banda a partir das DDR2 800 faz com que o problema das latências sejam minimizados.

Outro ponto que não irá nos agradar é o fato das DDR2 e DDR1 não serem compatíveis entre si. O que pode significar ter que trocar de placa-mãe ou até mesmo processador e placa-mãe no caso dos atuais AMD64.

As memórias DDR2 tem 240 pinos contra 184 das DDR1, possuem terminações elétricas embutidas em seus chip’s (on-die-terminations), para com isso evitar que ocorra propagação do sinal e eventuais ruídos.

Um detalhe interessante é que a arquitetura dos processadores Intel, por ainda depender da controladora de memória integrada ao chipset, ou seja, depende do chipset para o processador se comunicar com as memórias, e outros fatores inerentes aos seus processadores faz com que eles sejam pouco penalizados pelas altas latências das memórias DDR2.
Enquanto os processadores AMD 64 (tecnologia Hammer), por terem a controladora de memória integrada ao processador, ou seja, o processador fala direto com as memórias, são beneficiados com várias características, porém sofrem muito mais com essas altas latências.

Ter a controladora de memória integrada ao processador é uma evolução que a Intel aparentemente não tem como escapar, logo, outros tipos de memória já estão sendo planejados e testados pela própria Intel, como a FB-DIMM por exemplo. E a AMD esté desenvolvendo o projeto da Z-RAM que irá permitir entre outros fatores, um aumento da memória cache do processador, tornando-o menos dependente do acesso à memória.

No geral posso dizer sim que a chegada das memórias DDR2 representa um ganho aos usuários devido ao seu menor consumo, menor taxa de erros (um dos maiores fatores das altas latências é o controle de erros) e seu incrível aumento na largura de banda, mesmo que nos deixe com o sentimento que poderiam ser melhores se as latências fossem menores.

Mas nada que a contínua evolução não nos traga em breve!

Maiores detalhes:

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