Convergência Digital :: 24/07/2008 Apesar de afirmarem que VoIP ainda não é um entrave nas suas operações, estudos de mercado começam a mostrar que as concessionárias tradicionais de telefonia estão, sim, começando a sentir o reflexo da adoção da tecnologia pelos consumidores.
Em 2007, o faturamento do segmento de VoIP ficou em US$ 72,6 milhões na América Latina. Para 2012, o crescimento da receita deverá ser superior a 700% e passar para US$ 625,9 milhões, revela estudo realizado pela consultoria Frost & Sullivan.
No levantamento, batizado de “VoIP na América Latina 2008″, a consultoria destaca que as operadoras tradicionais de telefonia local e de longa distância enfrentam a crescente competição com os serviços de voz sobre IP, que vêm se popularizando devido a seu baixo custo e ao aumento do uso de banda larga e triple-play.
No entanto, observa o estudo, para elevar a tecnologia VoIP a um próximo nível, os provedores de serviços VoIP e VoIP wireless (WVoiP – Wireless Voice over Internet Protocol) precisam garantir eficiência operacional e qualidade de serviço, além de distribuição abragente e promoção de estratégias.
“O crescimento do VoIP e da telefonia IP é um dos principais fatores para a queda de 2,8% por ano no faturamento de ligações locais e de 7,9% no de ligações de longa distância no Brasil durante os próximos seis anos”, observa José Roberto Mavignier, analista de Indústria da Frost & Sullivan. “Avaliando as respostas do consumidor final, a redução de custos foi o fator mais relevante apontado para o crescimento do uso de VoIP no Brasil”, completa.
Como os consumidores e as empresas da América Latina confiam na comunicação de voz e são sensíveis a preço, tecnologias convergentes como VoIP, telefonia IP e ofertas Fixo-Móvel estão ganhando mercado, reduzindo assim o faturamento das operadoras na região. Além disso, uma nova geração de provedores como as empresas de Internet, TV a cabo e operadoras-espelho com novos modelos de negócios estão lançando produtos que substituem os serviços tradicionais de voz.
Os percalços a serem superados
O levantamento da Frost & Sullivan enumera itens que precisam ser trabalhados na área de VoIP. Entre eles, destacam-se a falta de uma regulamentação; o pouco conhecimento dos usuários, a baixa qualidade das ligações e o quase inexistente esforço pré-venda ainda torna difícil para os provedores VoIP aumentar sua participação na receita de serviços de voz na América Latina.
“Proporcionar um melhor entendimento dos aspectos técnicos e operacionais aos clientes e um eficiente suporte de pré-venda com pontos de venda físicos, atendimento ao assinante e novos serviços serão cruciais para tornar o VoIP mais atrativo ao mercado latino-americano”, diz Mavignier, acrescentando que, “além disso, a qualidade das ligações precisa ser perfeita para atrair e fidelizar os usuários de telefones fixos”.
Embora seja difícil para os menores provedores de VoIP competir com as grandes incumbents, eles terão sucesso se combinarem a agilidade de suas pequenas operações com estratégias inovadoras de negócios, que devem ajudá-los a dar esse passo à frente.
Tais estratégias podem incluir parcerias com as principais lojas para venda de equipamentos e serviços, campanhas de marketing direto e pela Internet e alianças com provedores de vários serviços. Com a chegada dos serviços ADSL 2+ na região, que são suportados por conexões de 10, 20, 30 até 60 MB, os fatores técnicos poderão ser facilmente resolvidos no futuro.
O estudo VoIP na América Latina 2008 é parte do programa do Serviço de Parceria para o Crescimento do setor de Serviços de Comunicação, que também inclui pesquisas nos mercados de banda larga, wireless VoIP, e serviços de telefonia local e longa distância. Todos os serviços de pesquisas incluídos nas assinaturas fornecem oportunidades detalhadas de mercado e tendências da indústria avaliadas após a realização de amplas entrevistas com os atores do mercado.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da Frost & Sullivan
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