RIO e SÃO PAULO - A América Móvil, grupo mexicano de telefonia que controla a operadora Claro no Brasil, informou nesta quarta-feira que firmou contrato com a fabricante Apple para ser a distribuidora do celular multimídia iPhone na América Latina, inclusive no Brasil.
Em uma nota breve e sem maiores detalhes, a companhia diz apenas que o celular chegará a seus clientes neste ano.
O iPhone é considerado um marco na evolução dos telefones celulares por ter sido o primeiro a reunir, em um único modelo de design avançado, recursos multimídia de áudio e vídeo, funções de iPod, acesso sem fio à internet via Wi-Fi e "Multitouch", tecnologia pioneira e patenteada pela Apple que capacita a tela para "entender" toques múltiplos e que "automaticamente oferece ao usuário o que ele quer", garante a empresa. O terminal móvel, baseado em uma versão móvel do sistema operacional Mac OS X, tem tela colorida de 3,5 polegadas que gira o que exibe de acordo com a posição em que o usuário mantém o aparelho.
Desde que o iPhone foi lançado nos Estados Unidos em janeiro de 2007 - e chegou às lojas daquele país em junho -, a Apple vem mantendo contratos de exclusividade com operadoras em cada um dos países que seleciona para oferecer o aparelho ao consumidor. Nos Estados Unidos, a operadora pioneira no lançamento foi a AT&T, alvo de críticas de fãs e analistas de mercado por limitar a aquisição do telefone à assinatura de contratos exclusivos de serviços de voz e dados. No comunicado divulgado nesta quarta-feira, a América Móvil não faz menção a essa cláusula.
No final de março, a América Móvil tinha 159,2 milhões de clientes de telefonia móvel nos países latino-americanos. No Brasil, a Claro é a terceira maior operadora, atrás da Vivo e da TIM.
O anúncio põe fim às especulações e rumores que, desde o fim do ano passado, davam conta que a operadora Vivo seria a empresa responsável pela venda do iPhone no país .
Desbloqueio e onda 'hacker'
Poucos dias após chegar às lojas dos Estados Unidos, o iPhone enfrentou uma onda mundial de desbloqueios de aparelhos com a ajuda de softwares e dicas via internet, recursos fornecidos por hackers e usuários dotados de conhecimentos avançados para quem desejasse adquirir o aparelho sem que fosse necessário limitá-lo à operadora AT&T. Apesar dos alertas publicados pela Apple na internet, de que o desbloqueio ilegal do aparelho provocaria danos irreversíveis ao iPhone , a prática é mantida até hoje em alguns países. Uma consultoria americana constatou que mais de um terço dos iPhones produzidos pela Apple estariam em uso como aparelhos desbloqueados .
Como a Apple manteve o Brasil longe dos planos de expansão de vendas no mundo , fãs brasileiros da marca adotaram a estratégia de desbloquear os aparelhos iPhone adquiridos no exterior para utilizá-los com operadoras locais.
Fonte: O Globo/Valor Online
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